Hoje, (e desculpem se o relógio já marca o dia seguinte, mas o dia 5 de março ainda não teminou e nem deixo que acabe sem escrever o que tenho para dizer), um jornal diário faz 25 anos.
Os dias de anos são vividos com diferente intensidade, conforme o número de anos que se vão somando. Um quarto de século pode parecer muito, mas duas décadas a que se somam mais cinco anos até nem é assim tanto tempo. No entanto, o jornal nasceu num ano de mudança. E como mudou o mundo desde 1989!
A edição é dedicada ao tempo. São destacados acontecimentos marcantes desde que o jornal nasceu até à atualidade. E há o tempo como personagem central: o tempo do universo, o relógio que marca cada segundo, a relatividade que o génio teorizou, o tempo que sobra nas tarefas que a tecnologia agilizou e que não temos porque ocupamos... em mais e cada vez mais novas tecnologias. Ficámos a saber que há gente que vive num outro tempo, sem luz, com muito tempo e com pouco mais. Há outros que já nem parecem deste tempo - este país não é para velhos, porém, há quem tenha nascido há muito, tenha ultrapassado os 100 e continue a celebrar primaveras, desafiando o tempo com a sua longevidade. E há os generosos que acumulam o seu tempo num banco de horas que dão a quem necessita.
Os jornais têm hoje páginas eletrónicas, onde as notícias são em tempo real. Os jornalistas são gente que dá mais do seu tempo do que o que lhes é remunerado, trabalham para imprimir os factos que marcam o momento que vivemos. Que duração terá esta época política e económica? Que outros ciclos virão? Daqui a 25 anos, talvez o Público faça luz sobre as dúvidas que hoje surgem.
É tempo de dar os parabéns pelo aniversário e por ser um jornal de referência (pelo menos para mim e com isso quero dizer que é bom jornalismo, daquele que trabalha os acontecimentos em vez de fazer notícia daquilo que não o é). E já agora, obrigada pela edição grátis, que vou guardar.
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